domingo, 6 de setembro de 2009

Novela: Caminho das Índias

A novela que escolhi para analisar dentro da disciplina de Tecnologias Contemporâneas na Escola 3, do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Aberta do Brasil através da Universidade de Brasília (UAB/ UnB) foi a ‘Caminho das Índias’, da Rede Globo de Televisão.
Essa novela passa no conhecido “horário das 8:00h da noite” e conta a história de amor de Maya e Bahuan tendo como pano de fundo a cultura da Índia – nome atribuído tão claramente à novela.
Os principais temas tratados são a cultura indiana – o papel da mulher, do homem, das crianças, dentro da cultura da Índia - , os problemas psiquiátricos, a rebeldia juvenil e os típicos desencontros amorosos, onde os valores sociais, culturais, éticos, políticos e religiosos brasileiros são comparados constantemente com os da Índia.
É destinada ao público adulto – maiores de 14 anos – de todas as escalas econômicas e sociais.
Os conceitos são repassados mais em caráter de comparação sadia, onde os espectadores escolhem o melhor caminho de julgarem, tendo em vista que a cultura de cada país não pode ser discutida ou comparada da de outro.
Uma pena é a novela ser tão superficial nos temas que aborda, tendo em vista o grande público a que é destinada.
Nos comerciais, por exemplo, são exibidas propagandas de cerveja, automóveis, cosméticos e remédios contra o fumo.
Como toda novela global é bem recebida pelo público, que passa a copiar a moda, maquiagem, até mesmo a trilha sonora característica de um personagem ou os dizeres (“arebaba”, “chae”, entre outros).
Se pudesse modificá-la colocaria uma maior participação dos negros na novela, destacar mais as questões de debate e diminuir no meloso romance dos personagens.


Fonte da foto: http://audienciadatv.files.wordpress.com/2008/12/caminho-das-indias-protagonistas-010_02.jpg

Analisando o filme: Show de Truman

O filme O Show de Truman traz como tema central: até onde as emissoras de televisão estão dispostas a ir em busca de audiência?

O filme conta a história de Truman, que tem sua vida mostrada via TV 24 horas por dia desde o seu nascimento. Todos que estão a sua volta são atores que contracenam com ele – mas apenas Truman não sabe que tudo não passa de um programa de televisão.

Na verdade é um reality show, onde a mídia aparece como a ‘toda poderosa’, capaz de recriar a vida de um cidadão a tal ponto que não importa o que vai ser feito de sua vida – sendo válido até acabar com a vida, se for o caso.

No caso de Truman, a mãe, o pai, a esposa, são todos falsos, atores em um trabalho. Mas aparece Sylvia, uma atriz que se arrepende de fazer parte daquilo tudo e o leva a pensar, a observar tudo que está a sua volta, culminando com a descoberta da grande farsa.

Tudo é acompanhado pelos espectadores que torcem o tempo todo por Truman.

O que há de mais arriscado são esses reality shows da televisão de hoje, que parecem se multiplicar com uma velocidade incrível, nos deixando a dúvida de como será no futuro.

A história se parece com uma previsão feita pelo cinema: será que no futuro não teremos um programa assim, onde a vida de uma pessoa vai quebrar qualquer moral, ética e valores que conhecemos? Fica a dúvida no ar.

Foto: Divulgação

domingo, 23 de agosto de 2009

Pânico na TV

Independente do que os outros falam é necessário, antes de tudo, assistir para ter uma real noção sobre os programas que passam na televisão brasileira nos dias de hoje.
Foi o que fiz cm relação ao Programa de Humor: Pânico na TV. É o que vou relatar agora:
O Pânico na TV faz parte da grade de programação da emissora RedeTV! Que tem um apresentador chamado Emílio Zurita e mais um punhado de personagens engraçados.
O programa é destinado para maiores de 16 anos mas todo mundo acaba assistindo.
É um programa com esquetes, quadros, entrevistas, jogos, com piadinhas de mau gosto, de baixo escalão e mulheres quase nuas no palco.
Suas piadas com famosos acaba virando mania nacional – como ‘sandálias da humildade’, blitz do pânico, por exemplo.
Satirizam homens, mulheres, homossexuais, negros, entre outros, estereótipos que deveriam ser evitados.
Fala-se a boca pequena que o objetivo do Pânico é incomodar mesmo, para isso utiliza até de brincadeiras com risco de vida para enfeitiçar e atiçar o público.
Apesar do humor negro e de baixo escalão ganhou popularidade no Brasil todo.
Se eu pudesse modificar alguma coisa no programa só deixaria o trabalho que fazem com os políticos, entrevistando de forma bem informal, e a Sabrina, pelo humor mais natural. Retiraria tudo que é perigoso e baixaria.

Filmes resenhados: O Quarto Poder; e Muito Além do Cidadão Kane

Como tarefa da disciplina de Tecnologias Contemporâneas na Escola 3, do Curso de Teatro da Universidade Aberta do Brasil, através da Universidade de Brasília, dessa semana resenhamos dois filmes: O filme O Quarto Poder , do diretor Costa Gravas, conta uma história interligada: de Max Brackett e Sam Baily.
Max é repórter e foi cobrir uma notícia no Museu da cidade. Sam é um guarda desse justo museu. Acontece que Sam foi demitido e, tentando recuperar seu emprego com a coordenadora do Museu, leva uma arma e alguns explosivos. Acaba, sem querer, se tornando também seqüestrador das crianças que visitavam o local.
Max vê ali uma grande notícia e entra ao vivo no ar, do banheiro do prédio. Sam o encontra. Recebe uma proposta: Max mudaria sua imagem de bandido, o transformaria em herói – chegando até a criar história para fazê-lo.
A imprensa se aproveita e a notícia cresce enormemente, fazendo a família de Sam sofrer, ocasionando, ao final, no suicídio de Sam e em aprendizagem de Max.
Isso é mais próximo do que imaginamos. É o que relata o segundo filme que fomos resenhar: o documentário “Muito além do cidadão Kayne”, do diretor Simon Hartog que diz que a figura de Roberto Marinho, dono da Globo, é na verdade um grande manipulador, que não está disposto a medir esforços para conseguir atingir seus lucrativos objetivos.
Nisso se inclui alterar notícias, distorcer fatos, negociar com políticos, criar nomes como Faustão e Xuxa para influenciar ainda mais quem assiste seus programas, além de criar uma forte e influente rede de notícias (esmagadora, por sinal).
O que aprendemos com tudo isso é que qualidade não é sinônimo de boas intenções – e devemos duvidar do que vemos na imprensa.